Depois de realizados alguns exames é feita uma minuciosa avaliação de cada paciente, onde constatamos o nível de desgaste do organismo e o grau de carência de elementos químicos essenciais. A partir desses dados, caso seja necessário, é estabelecido um programa de suplementação com substâncias naturais para restituir o equilíbrio orgânico.
● Quais as vantagens da Medicina Ortomolecular?
Ter saúde não é o mesmo que não estar doente. Ser saudável inclui também:
▪ vitalidade, disposição e um cérebro ágil, capaz de responder aos desafios do dia-a-dia;
▪ capacidade máxima de memória;
▪ um sono reparador, que permita ao organismo recuperar-se do desgaste cotidiano;
▪ um sistema digestivo em ótimo estado, capaz de absorver os nutrientes e eliminar as toxinas presentes nos alimentos;
▪ plena capacidade de resposta não apenas a agentes agressores do corpo – sejam eles físicos (como radiações ionizantes), biológicos (como bactérias, fungos e vírus) e químicos (como metais pesados ou poluentes presentes no ar, água e alimentos) –, mas até a atitudes mentais negativas e pensamentos “tóxicos”. É óbvio que não basta ingerir algumas substâncias para atingir esse estado de equilíbrio. Muitas vezes também é preciso mudar hábitos de vida. Eis algumas sugestões:
▪ abandonar o sedentarismo e praticar atividade física adequada;
▪ lembrar-se de beber água diariamente na quantidade apropriada;
▪ dizer “não” a substâncias sabidamente nocivas; e ▪ adotar atitudes otimistas, focando a mente em pensamentos positivos. Percebemos com clareza que é mais fácil adotar hábitos saudáveis se corrigimos certas carências orgânicas – e é uma via de duas mãos, porque adotar hábitos saudáveis nos leva também a corrigir deficiências nutricionais. Em outras palavras, instala-se um círculo virtuoso: funcionando melhor, mente e corpo facilitam a adoção de hábitos de vida saudáveis, o que conduz necessariamente a uma melhora no funcionamento da mente e do corpo.
● Qual a origem da Medicina Ortomolecular?A expressão "Medicina Ortomolecular" foi criada e consagrada pelo bioquímico americano Linus Pauling (1901-1994), laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1954 e com o Nobel da Paz em 1962. O objetivo da Medicina Ortomolecular é a correção das carências nutricionais, equilibrando a bioquímica do organismo e prevenindo o aparecimento de muitas doenças. Além disso, ela também complementa e otimiza qualquer tratamento indicado pela medicina convencional.
A Medicina Ortomolecular é, antes de tudo, uma "medicina da saúde". Muito antes de uma doença se tornar perceptível através dos sintomas já existe uma disfunção celular, um desequilíbrio bioquímico, que a ingestão de micronutrientes busca compensar, devolvendo a saúde do organismo.
● Quem se beneficia da Medicina Ortomolecular?
Todas as pessoas que desejam manter-se saudáveis podem se beneficiar da Medicina Ortomolecular – em especial quem apresenta sintomas de desgaste orgânico não associados a alguma doença específica. Os sintomas mais comuns do desgaste são os seguintes:
▪ cansaço maior que o habitual▪ falta de motivação;
▪ perda de memória;
▪ dificuldades sexuais;
▪ sono não-reparador;
▪ infecções repetitivas; e
▪ sinais e sintomas de estresse.
Além de utilizar a Medicina Ortomolecular para aprimorar a performance, muitos atletas e freqüentadores de academias de ginástica encontram nela uma alternativa ao consumo indiscriminado de aditivos alimentares que, como se sabe, podem "detonar" o organismo.
Embora nenhum complexo de micronutrientes possa substituir um estilo de vida saudável e equilibrado, é inegável a contribuição da Medicina Ortomolecular no combate aos chamados radicais livres. Em excesso, esses radicais – fruto de alimentação inadequada, fumo, álcool, exposição demasiada ao sol, poluição, metais de transição e tóxicos – vencem a defesa celular e provocam chamado estresse oxidativo, danificando e tornando inoperantes milhões de células.
Finalmente, a Medicina Ortomolecular também visa retardar o envelhecimento. O uso orientado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a saúde das células e ativa as funções orgânicas que se desgastam com o tempo.
● Medicina Ortomolecular e Radicais Livres
Se você cortar uma fruta, digamos uma maçã, e colocar em cima da pia da cozinha, em pouco tempo ela ficará muito escura. Ela fica dessa cor devido a um processo de oxidação, os radicais livres do ar agem na fruta e ela simplesmente estraga. O mesmo acontece com nosso organismo, com a diferença na origem desses radicais, que podem ser gerados por fatores como a poluição, contaminantes químicos, metais pesados, radiações e ressonâncias, microorganismos como fungos, bactérias e vírus, tabaco, álcool, o tipo de alimento que ingerimos e praticamente todas as doenças.
Os radicais livres são moléculas que tem um número ímpar de elétrons em sua última camada, o que a torna bastante instável. Essa molécula precisa desse elétron novamente, obtendo em geral de seu vizinho mais próximo.
Agora é seu vizinho que precisa “furtar” o elétron de alguma outra molécula. Esse processo evolui em progressão, lembrando um engavetamento de carros, e é chamado de cascata oxidativa. Já a carga total de radicais livres é chamada de estresse oxidativo.
E as substâncias que fornecem esse elétron que está faltando, devolvendo a situação à normalidade, são em geral vitaminas chamadas genericamente de antioxidantes.
Os radicais livres causam lesões tanto nas células quando nos genes. Muitos consideram que o acúmulo dessas lesões ao longo da vida favorece a manifestação de doenças relacionadas ao envelhecimento. A idéia é inibir a ação dos radicais livres, tanto dificultando sua formação como corrigindo a situação existente com antioxidantes, para retardar seus danos e com isso dificultar o aparecimento de doenças.
● O que provoca o aparecimento dos radicais livres?
Poluição, excesso de radiação solar, uma dieta nutricionalmente desbalanceada, sedentarismo e estresse são alguns fatores que estimulam a formação de radicais livres. Também favorecem a formação de radicais livres a ingestão de frutas e verduras com agrotóxicos, o consumo excessivo de sal, açúcar e cereais refinados, a utilização de aditivos alimentares e a ênfase em alimentos cozidos, em detrimento de alimentos crus.
● O organismo não consegue enfrentar sozinho essas mudanças?
Nosso organismo possui um extraordinário mecanismo de compensação e reequilíbrio para combater os radicais livres. A eficiência desse mecanismo, no entanto, diminui à medida que envelhecemos e na presença de doenças.
É exatamente nesse momento, como importante aliada da alimentação equilibrada e da prática de atividade física no combate aos radicais livres, que lançamos mão da Medicina Ortomolecular. O uso orientado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a saúde das células e reativa as funções orgânicas.
● O tratamento da Medicina Ortomolecular é sempre de longo prazo?
Alguns efeitos benéficos do tratamento ortomolecular, como o aumento da disposição, do ânimo e da libido, bem como a melhora do sono e da performance física, aparecem logo nas primeiras semanas. Mas cada organismo tem uma velocidade diferente de resposta e por isso varia também o período de suplementação nutricional. Também influem nesse prazo a determinação da pessoa em mudar seus hábitos e atitudes, praticando atividade física, melhorando a qualidade da alimentação, parando de fumar etc.
● Qual a importância da alimentação na produção de radicais livres? Nossos antepassados tinham uma alimentação muito diferente da nossa. Para ilustrar essa diferença basta lembrar que durante 2,5 milhões de anos a humanidade ingeriu apenas alimentos crus – eles só passaram a ser cozidos, assados ou fritos nos últimos 500 mil anos. E atualmente, pelo menos nas sociedades ditas desenvolvidas, é raro alguém optar por alimentos crus, do café da manhã ao jantar.
Esse fato tem prós e contras. Se graças ao calor do fogo podemos saborear, por exemplo, feijão, lentilha ou ervilhas secas – que nosso organismo não digere se estiverem crus –, por outro lado o excesso de cozimento gera perdas nutricionais.
O excesso de calor destrói 40% das vitaminas A e D presentes nos alimentos, cerca de 60% da vitamina E, 80% do ácido fólico e da vitamina B1, e 100% da vitamina C. Já o refino faz com que os cereais percam de 60% a 80% de seu valor nutritivo e até 90% das fibras.
Outro fator que gera desequilíbrio na alimentação humana é o consumo excessivo de sal e açúcar branco, sem falar na adição de substâncias químicas aos alimentos – os chamados aditivos alimentares.
Analisemos o exemplo do açúcar. Durante milênios nossos antepassados consumiram uma média diária de 8 g de frutose (açúcar presente nas frutas e no mel) e 300 g de glicose (cuja principal fonte são alimentos ricos em amido), e o organismo humano se acostumou a processar essas quantidades.
Quando surgiu o açúcar branco ou refinado houve uma mudança brusca. Esse tipo de açúcar sobrecarrega o organismo com 10 vezes mais frutose do que ele está habituado a processar e o resultado é um sério desequilíbrio na proporção dos açúcares que ingerimos – e um importante estímulo à formação de radicais livres.
● Para tomar suplementos, vitaminas e minerais é preciso orientação médica?
A administração de vitaminas e sais minerais pode ser um valioso instrumento terapêutico, mas necessita de orientação médica porque envolve riscos.
Eis alguns exemplos:
▪ Ingerir vitamina E todos os dias, por um longo período de tempo, pode inibir as defesas orgânicas encarregadas de eliminar radicais livres. Outro detalhe: a vitamina E deve ser ingerida sob a forma de Alfa-Tocoferol (com “ol” no final). Se estiver sob a forma de Alfa-Tocoferil (com “il” no final), só se deve fazer uso dela com orientação médica, porque é prejudicial à saúde.
▪ O Beta-Caroteno, um precursor da vitamina A, não tem contra-indicações mesmo se ingerido em doses relativamente altas. A vitamina A, por outro lado, se tomada durante muito de tempo, pode provocar intoxicação. Infelizmente, alguns polivitamínicos “milagrosos” misturam Beta-Caroteno e vitamina A em doses que podem causar intoxicação em médio e longo prazo.
▪ A ingestão de ferro só se justifica se a pessoa tiver certos tipos de anemia, o que só pode ser verificado por exame clínico e laboratorial. O ferro é um potente oxidante, facilitando a formação de radicais livres. Exatamente o inverso do que se deseja com a abordagem ortomolecular
▪ Embora o complexo B não envolva grandes complicações, vitamina B12 em excesso aumenta o apetite e engorda. Quem sofre de gota e/ou cálculo renal não deve exagerar na ingestão de vitamina C, mesmo que ela pareça ser realmente benéfica para aumentar a resistência do organismo. A vitamina C também pode alterar o resultado de alguns exames de laboratório, eventualmente comprometendo o diagnóstico médico.
Fonte: Site Vitalidade Integral