terça-feira, 26 de abril de 2011

A era do Administrador (por Stephen Kanitz)

Por que os Estados Unidos são o país mais bem-sucedido do mundo? Porque são um país que resolveu o problema da miséria e da estagnação econômica, ao contrário do Brasil?

O segredo americano, e que você jamais encontrará em nenhum livro de economia, é que os Estados Unidos são um país bem administrado, um país administrado por profissionais. Dezenove por cento dos graduados de universidades americanas são formados em administração. Administração é a profissão mais freqüente, e portanto a que dá o tom ao resto da nação. Infelizmente, o Brasil nunca foi bem administrado.

Sempre fomos administrados por profissionais de outras áreas, desde nossas empresas até o governo. Até recentemente, tínhamos somente quatro cursos de pós-graduação em administração, um absurdo! De 1832 a 1964 a profissão mais freqüente no Brasil era a de advogado, e foi essa a profissão que exerceu a maior influência no país, tanto que nos deu a maioria de nossos presidentes até 1964. A revolução de 1964 acabou com a era do advogado e a legalidade, e tivemos a era do economista, que perdura até hoje.

Nos próximos dez anos isso lentamente mudará. O Brasil já tem 2.300 cursos de administração, contra 350 em 1994. Estamos logo depois dos Estados Unidos e da Índia. Administração já é hoje a profissão mais freqüente deste país, com 18% dos formandos. Antes, nossos gênios escolhiam medicina, direito e engenharia. Agora escolhem medicina, administração e direito, nessa ordem. Há dez anos tínhamos apenas 200.000 administradores, e só 5% das empresas contavam com um profissional para tocá-las. O resto era dirigido por "empresários" que aprendiam administração no tapa. Por isso, até hoje 50% das empresas brasileiras quebram nos dois primeiros anos e metade de nosso capital inicial vira pó.

O que o aumento da participação dos administradores na gestão das empresas significará para o Brasil? Uma nova era muito promissora. Finalmente seremos administrados por profissionais, e não por amadores. Daqui para a frente, 75% das empresas não quebrarão nos primeiros quatro anos de vida, e nossos investimentos gerarão empregos, e não falências. Em 2010, teremos 2 milhões de administradores formados, e se cada um empregar vinte pessoas haverá 40 milhões de empregos novos. Será o fim da exclusão social.

Administradores nunca foram ouvidos por políticos e deputados nem concorriam a cargos públicos. Em 2010, é muito provável que teremos nosso primeiro presidente da República formado em administração. Por incrível que pareça, nunca tivemos um executivo no Executivo. Muitos de nossos ministros e governantes aprendiam administração no próprio cargo, errando a um custo social imenso para a nação. Foi-se o tempo em que o mundo era simples e não havia necessidade de ter um curso de administração para ser um bom administrador. Em 2006, o candidato da oposição que demonstrar boa capacidade gerencial será um forte candidato à sucessão de Lula. João Paulo Cunha, do PT, já o alertou de que, "se houver um bom administrador, ele conquistará o eleitorado da periferia".

Não quero exagerar a importância dos administradores, mas somente lembrar que eles são o elo que faltava. Ordem não gera progresso, estabilidade econômica não gera crescimento de forma espontânea, sempre há a necessidade de um catalisador. Não será uma transição fácil, pois as classes dominantes não aceitam dividir o poder que têm. Há muita gente interessada em manter essa bagunça e desorganização, como vivem denunciando Luiz Nassif, Arnaldo Jabor e José Simão. Gente que é contra supervisão, eficiência e organização. Administradores têm pouco espaço na imprensa para defender suas idéias e soluções. Em pleno século XXI, sou um dos raros administradores com uma coluna na grande imprensa brasileira, e mesmo assim mensal.

Peter Drucker há quarenta anos tem uma coluna semanal em dezenas de jornais americanos, ele e mais trinta gurus da administração. Administradores têm outra forma de encarar o mundo. Eles lutam para criar a riqueza que ainda não temos. Economistas e intelectuais lutam para distribuir a pouca riqueza que conseguimos criar, o que só tem gerado mais impostos e mais pobreza. Se esses 2 milhões de jovens administradores que vêm por aí ocuparem o espaço político que merecem, seremos finalmente um país bem administrado, com 500 anos de atraso. Desejo a todos coragem e boa sorte.


Por Stephen Kanitz administrador por Harvard

terça-feira, 12 de abril de 2011

Torne-se excelente (By Klaus Wuestefeld)

" Seja realmente bom em alguma coisa. Não fique só choramingando ou querendo progredir às custas dos outros. Não pense que, porque você sentou 4 anos numa faculdade ouvindo um professor falar sobre software, você sabe alguma coisa. Jogador de futebol não aprende a jogar bola tendo aula. Ele pratica. Instrumentistas geniais não aprendem a tocar tendo aula. Eles praticam. Pratique. Chegue em casa depois do trabalho e da aula e pratique. No final de semana, pratique.

Crie seu próprio vírus, seu proprio jogo, seu proprio SO, seu proprio gerenciador de janelas, seu proprio webserver, sua propria VM, qualquer coisa. Várias coisas.

Não precisa ser só programação. Pode ser networking, vendas, etc. Só precisa ser bom mesmo. Tenha paixão pela coisa.

As melhores práticas do mercado são polinizadas primeiro nos projetos de software livre. Aprenda com eles.

Discípulo, Viajante, Mestre: Primeiro seja um discípulo, tenha mestres locais, aprenda alguma coisa com alguem realmente bom, qualquer estilo. Depois viaje, encontre outros mestres e aprenda o estilo deles. Por fim, tenha o seu estilo, tenha discípulos, seja um mestre.

Vou fazer o curso da Mary Poppendieck em SP semana que vem e quando tiver o curso de Scrumban do Alisson e do Rodrigo quero fazer também.

«Torne-se excelente» também pode ser chamado de «Melhoria Continua» ou Learning.

Não seja deslumbrado

Desenvolvimento de software é a mesma coisa há 60 anos: modelo imperativo. Há 30 anos: orientação a objetos. Bancos de dados relacionais: 30 anos. («Web», por exemplo, não é uma tecnologia ou um paradigma. É meramente um conjunto de restrições sobre como desenvolver e distribuir seu software).

Não corra atras da ultima buzzword do mercado. Busque a essência, os fundamentos.

Busque na Wikipédia e Grokke: determinismo, complexidade de algoritmos O(), problema de parada de Turing. Pronto, pode largar a faculdade. Falando sério.

Trabalhe com software livre. Não dê ouvidos a grandes empresas, grandes instituições ou grandes nomes só porque são grandes.

Você acha que vai aprender mais, ter mais networking e mais chance de alocação no mercado trabalhando em par comigo no Sneer por um ano, 8h por semana, ou passando 4 anos na faculdade, 20h por semana, pagando sei lá quanto por mês?

Você acha que vai aprender mais trabalhando em par com o Bamboo 6 meses na linguagem Boo e na engine do Unity ou fazendo um ano de pós em «a buzzword da moda»?

«Não seja deslumbrado» também é conhecido como Coolness.

Mantenha-se Móvel

Com a demanda que temos hoje no mercado, se você é desenvolvedor de software e não consegue negociar um contrato com uma empresa onde você é pago por hora e pode trabalhar quantas horas quiser com um mínimo de meio período, você precisa rever a sua vida.

É melhor ter dois empregos de meio período que um de período integral, porque você pode largar um deles a qualquer momento.

Você nunca vai conseguir nada melhor se não tiver tempo, se não tiver disponibilidade pra pegar algo melhor quando aparecer.

Você sustenta seus pais e 7 irmãos? Não. Então pare de ser ganancioso e medroso no curto prazo, para de pagar facu, mestrado, pós, MBA, sei-lá-o-quê e vai aprender e empreender.

Trabalhe remoto. Não é o mais fácil, mas é perfeitamente possível.

Não fique reclamando que está trabalhando demais. Aumente seu preço e trabalhe menos.

Emparceire-se Promiscuamente

Participe de dojos, de congressos, de projetos de software livre. Tenha amigos, colegas, conhecidos. Seja conhecido. Não faça ruído em seis projetos e doze fóruns. Ajude de verdade em um ou dois projetos de cada vez. Ao longo do tempo, você terá ajudado em varios projetos, trabalhado em várias empresas.

Mentalidade de Abundância

Ajude seus amigos sem cobrar (a «camaradagem» do Vinícius). Dê palestras gratuitas. Cursos gratuitos. Participe de projetos de software livre.

Pare as vezes uma tarde pra receber um amigo seu e explicar seu projeto. Vá visitar seus amigos nos projetos deles. Viaje com algum amigo seu pra visitar um cliente dele, só pra conversar e fazer companhia.

Você tem um espaço onde dá cursos? É uma Aspercom, Caelum da vida? Chama os brothers para dar curso. Bola um modelo em que as pessoas podem se inscrever para cursos variados, pagando um sinal, e mantém tipo uma agenda pré-combinada: «Será numa terça e quinta à noite, avisadas com duas semanas de antecedencia». Se rolar, beleza, se depois de meses não der quórum, devolve o sinal. Pode ser curso de Prevayler, de Kanban, de Scrum, de Lean, de Comp Soberana, de Restfulie, de Cucumber, de Rails, de Teste Automatizado Mega-Avançado, qualquer coisa.

Chame amigos seus pra dar curso em dupla com você. Divida clientes. Divida projetos, mesmo que não precise de ajuda.

Dizia o pai de um brother meu de infância: «Tudo que custa dinheiro é barato».

Busque modelos de custo zero

Trabalhe em coisas que tem custo administrativo/ burocrático/ manutenção zero. Por menos ganho que tragam, depois de prontas, estarão tendo uma relação custo/benefício infinitamente vantajosa.

Ganhe notoriedade

Faça coisas massa. Participe de projetos de software livre. Dê palestras gratuitas. Promova eventos (dojos, debates, grupos de usuários, etc).

By Dairton Bassi:

Não tenha medo!

Meta a cara. Arrisque empreender. Arrisque inovar. O que você tem a perder? No máximo um emprego, mas isso pode ser revertido facilmente em um mercado aquecido como o atual. O pior que pode acontecer é não dar certo. Mesmo assim você terá aprendido muito mais do que batendo cartão.

Saia da zona de conforto. Se o seu trabalho estiver fácil e sob controle, isso significa que ele não está mais agregando para a sua evolução técnica e pessoal.

Não desperdice a chance de trocar de função se a nova oportunidade for mais desafiadora. Isso fará você crescer tecnicamente e o preparará para desafios maiores ainda. Conhecer pessoas novas é tão importante quanto manter-se em contato com código.

Não se detenha por insegurança ou pela sensação de despreparo. Como você acha que vai ganhar experiência em alguma coisa se sempre adiá-la? "


Por Klaus Wuestefeld












sexta-feira, 1 de abril de 2011

Sobre a Medicina Ortomolecular

Nosso organismo é formado por substâncias químicas que interagem o tempo todo, cumprindo inúmeras funções para a manutenção da saúde: reparam células, facilitam o funcionamento dos órgãos etc. Utilizando complementos de vitaminas, minerais, ervas e outras substâncias benéficas, a Medicina Ortomolecular é uma importante aliada de nosso organismo na luta contra doenças e agentes agressores.

Esse conjunto de substâncias químicas naturais, administrado de forma controlada e adequado às necessidades de cada pessoa, é o grande arsenal de que nossa equipe lança mão para auxiliar as pessoas – e talvez possa ajudar você!
 
● Como a Medicina Ortomolecular funciona?
 
Depois de realizados alguns exames é feita uma minuciosa avaliação de cada paciente, onde constatamos o nível de desgaste do organismo e o grau de carência de elementos químicos essenciais. A partir desses dados, caso seja necessário, é estabelecido um programa de suplementação com substâncias naturais para restituir o equilíbrio orgânico.

● Quais as vantagens da Medicina Ortomolecular?

Ter saúde não é o mesmo que não estar doente. Ser saudável inclui também:

▪ vitalidade, disposição e um cérebro ágil, capaz de responder aos desafios do dia-a-dia;

▪ capacidade máxima de memória;

▪ um sono reparador, que permita ao organismo recuperar-se do desgaste cotidiano;

▪ um sistema digestivo em ótimo estado, capaz de absorver os nutrientes e eliminar as toxinas presentes nos alimentos;

▪ plena capacidade de resposta não apenas a agentes agressores do corpo – sejam eles físicos (como radiações ionizantes), biológicos (como bactérias, fungos e vírus) e químicos (como metais pesados ou poluentes presentes no ar, água e alimentos) –, mas até a atitudes mentais negativas e pensamentos “tóxicos”. É óbvio que não basta ingerir algumas substâncias para atingir esse estado de equilíbrio. Muitas vezes também é preciso mudar hábitos de vida. Eis algumas sugestões:

▪ abandonar o sedentarismo e praticar atividade física adequada;

▪ lembrar-se de beber água diariamente na quantidade apropriada;

▪ dizer “não” a substâncias sabidamente nocivas; e ▪ adotar atitudes otimistas, focando a mente em pensamentos positivos. Percebemos com clareza que é mais fácil adotar hábitos saudáveis se corrigimos certas carências orgânicas – e é uma via de duas mãos, porque adotar hábitos saudáveis nos leva também a corrigir deficiências nutricionais. Em outras palavras, instala-se um círculo virtuoso: funcionando melhor, mente e corpo facilitam a adoção de hábitos de vida saudáveis, o que conduz necessariamente a uma melhora no funcionamento da mente e do corpo.

● Qual a origem da Medicina Ortomolecular?A expressão "Medicina Ortomolecular" foi criada e consagrada pelo bioquímico americano Linus Pauling (1901-1994), laureado com o Prêmio Nobel de Química em 1954 e com o Nobel da Paz em 1962. O objetivo da Medicina Ortomolecular é a correção das carências nutricionais, equilibrando a bioquímica do organismo e prevenindo o aparecimento de muitas doenças. Além disso, ela também complementa e otimiza qualquer tratamento indicado pela medicina convencional.

A Medicina Ortomolecular é, antes de tudo, uma "medicina da saúde". Muito antes de uma doença se tornar perceptível através dos sintomas já existe uma disfunção celular, um desequilíbrio bioquímico, que a ingestão de micronutrientes busca compensar, devolvendo a saúde do organismo.

● Quem se beneficia da Medicina Ortomolecular?

Todas as pessoas que desejam manter-se saudáveis podem se beneficiar da Medicina Ortomolecular – em especial quem apresenta sintomas de desgaste orgânico não associados a alguma doença específica. Os sintomas mais comuns do desgaste são os seguintes:

▪ cansaço maior que o habitual▪ falta de motivação;

▪ perda de memória;

▪ dificuldades sexuais;

▪ sono não-reparador;

▪ infecções repetitivas; e

▪ sinais e sintomas de estresse.

Além de utilizar a Medicina Ortomolecular para aprimorar a performance, muitos atletas e freqüentadores de academias de ginástica encontram nela uma alternativa ao consumo indiscriminado de aditivos alimentares que, como se sabe, podem "detonar" o organismo.

Embora nenhum complexo de micronutrientes possa substituir um estilo de vida saudável e equilibrado, é inegável a contribuição da Medicina Ortomolecular no combate aos chamados radicais livres. Em excesso, esses radicais – fruto de alimentação inadequada, fumo, álcool, exposição demasiada ao sol, poluição, metais de transição e tóxicos – vencem a defesa celular e provocam chamado estresse oxidativo, danificando e tornando inoperantes milhões de células.

Finalmente, a Medicina Ortomolecular também visa retardar o envelhecimento. O uso orientado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a saúde das células e ativa as funções orgânicas que se desgastam com o tempo.

● Medicina Ortomolecular e Radicais Livres

Se você cortar uma fruta, digamos uma maçã, e colocar em cima da pia da cozinha, em pouco tempo ela ficará muito escura. Ela fica dessa cor devido a um processo de oxidação, os radicais livres do ar agem na fruta e ela simplesmente estraga. O mesmo acontece com nosso organismo, com a diferença na origem desses radicais, que podem ser gerados por fatores como a poluição, contaminantes químicos, metais pesados, radiações e ressonâncias, microorganismos como fungos, bactérias e vírus, tabaco, álcool, o tipo de alimento que ingerimos e praticamente todas as doenças.

Os radicais livres são moléculas que tem um número ímpar de elétrons em sua última camada, o que a torna bastante instável. Essa molécula precisa desse elétron novamente, obtendo em geral de seu vizinho mais próximo.

Agora é seu vizinho que precisa “furtar” o elétron de alguma outra molécula. Esse processo evolui em progressão, lembrando um engavetamento de carros, e é chamado de cascata oxidativa. Já a carga total de radicais livres é chamada de estresse oxidativo.

E as substâncias que fornecem esse elétron que está faltando, devolvendo a situação à normalidade, são em geral vitaminas chamadas genericamente de antioxidantes.

Os radicais livres causam lesões tanto nas células quando nos genes. Muitos consideram que o acúmulo dessas lesões ao longo da vida favorece a manifestação de doenças relacionadas ao envelhecimento. A idéia é inibir a ação dos radicais livres, tanto dificultando sua formação como corrigindo a situação existente com antioxidantes, para retardar seus danos e com isso dificultar o aparecimento de doenças.

● O que provoca o aparecimento dos radicais livres?

Poluição, excesso de radiação solar, uma dieta nutricionalmente desbalanceada, sedentarismo e estresse são alguns fatores que estimulam a formação de radicais livres. Também favorecem a formação de radicais livres a ingestão de frutas e verduras com agrotóxicos, o consumo excessivo de sal, açúcar e cereais refinados, a utilização de aditivos alimentares e a ênfase em alimentos cozidos, em detrimento de alimentos crus.

● O organismo não consegue enfrentar sozinho essas mudanças?

Nosso organismo possui um extraordinário mecanismo de compensação e reequilíbrio para combater os radicais livres. A eficiência desse mecanismo, no entanto, diminui à medida que envelhecemos e na presença de doenças.

É exatamente nesse momento, como importante aliada da alimentação equilibrada e da prática de atividade física no combate aos radicais livres, que lançamos mão da Medicina Ortomolecular. O uso orientado de substâncias antioxidantes fortalece as defesas imunológicas, melhora a saúde das células e reativa as funções orgânicas.

● O tratamento da Medicina Ortomolecular é sempre de longo prazo?

Alguns efeitos benéficos do tratamento ortomolecular, como o aumento da disposição, do ânimo e da libido, bem como a melhora do sono e da performance física, aparecem logo nas primeiras semanas. Mas cada organismo tem uma velocidade diferente de resposta e por isso varia também o período de suplementação nutricional. Também influem nesse prazo a determinação da pessoa em mudar seus hábitos e atitudes, praticando atividade física, melhorando a qualidade da alimentação, parando de fumar etc.

● Qual a importância da alimentação na produção de radicais livres? Nossos antepassados tinham uma alimentação muito diferente da nossa. Para ilustrar essa diferença basta lembrar que durante 2,5 milhões de anos a humanidade ingeriu apenas alimentos crus – eles só passaram a ser cozidos, assados ou fritos nos últimos 500 mil anos. E atualmente, pelo menos nas sociedades ditas desenvolvidas, é raro alguém optar por alimentos crus, do café da manhã ao jantar.

Esse fato tem prós e contras. Se graças ao calor do fogo podemos saborear, por exemplo, feijão, lentilha ou ervilhas secas – que nosso organismo não digere se estiverem crus –, por outro lado o excesso de cozimento gera perdas nutricionais.

O excesso de calor destrói 40% das vitaminas A e D presentes nos alimentos, cerca de 60% da vitamina E, 80% do ácido fólico e da vitamina B1, e 100% da vitamina C. Já o refino faz com que os cereais percam de 60% a 80% de seu valor nutritivo e até 90% das fibras.

Outro fator que gera desequilíbrio na alimentação humana é o consumo excessivo de sal e açúcar branco, sem falar na adição de substâncias químicas aos alimentos – os chamados aditivos alimentares.

Analisemos o exemplo do açúcar. Durante milênios nossos antepassados consumiram uma média diária de 8 g de frutose (açúcar presente nas frutas e no mel) e 300 g de glicose (cuja principal fonte são alimentos ricos em amido), e o organismo humano se acostumou a processar essas quantidades.

Quando surgiu o açúcar branco ou refinado houve uma mudança brusca. Esse tipo de açúcar sobrecarrega o organismo com 10 vezes mais frutose do que ele está habituado a processar e o resultado é um sério desequilíbrio na proporção dos açúcares que ingerimos – e um importante estímulo à formação de radicais livres.

● Para tomar suplementos, vitaminas e minerais é preciso orientação médica?

A administração de vitaminas e sais minerais pode ser um valioso instrumento terapêutico, mas necessita de orientação médica porque envolve riscos.

Eis alguns exemplos:

▪ Ingerir vitamina E todos os dias, por um longo período de tempo, pode inibir as defesas orgânicas encarregadas de eliminar radicais livres. Outro detalhe: a vitamina E deve ser ingerida sob a forma de Alfa-Tocoferol (com “ol” no final). Se estiver sob a forma de Alfa-Tocoferil (com “il” no final), só se deve fazer uso dela com orientação médica, porque é prejudicial à saúde.

▪ O Beta-Caroteno, um precursor da vitamina A, não tem contra-indicações mesmo se ingerido em doses relativamente altas. A vitamina A, por outro lado, se tomada durante muito de tempo, pode provocar intoxicação. Infelizmente, alguns polivitamínicos “milagrosos” misturam Beta-Caroteno e vitamina A em doses que podem causar intoxicação em médio e longo prazo.

▪ A ingestão de ferro só se justifica se a pessoa tiver certos tipos de anemia, o que só pode ser verificado por exame clínico e laboratorial. O ferro é um potente oxidante, facilitando a formação de radicais livres. Exatamente o inverso do que se deseja com a abordagem ortomolecular

▪ Embora o complexo B não envolva grandes complicações, vitamina B12 em excesso aumenta o apetite e engorda. Quem sofre de gota e/ou cálculo renal não deve exagerar na ingestão de vitamina C, mesmo que ela pareça ser realmente benéfica para aumentar a resistência do organismo. A vitamina C também pode alterar o resultado de alguns exames de laboratório, eventualmente comprometendo o diagnóstico médico.


Fonte:  Site Vitalidade Integral

"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”


Por: AMIR KLINK em Mar sem Fim